sábado, 25 de setembro de 2010

Vivendo a primavera.

       Depois de semanas sem aparecer por aqui, devem imaginar que muita coisa aconteceu e isso nunca foi tão verdade. Após um depoimento e desabafo no último post, hoje tenho todas as ferramentas pra escrever algo infinitamente mais leve.
   Pensando nisso, nessa leveza, é que sinto que tenho que falar da nossa primavera. Fazendo uma rapida pesquisa e nem é preciso pensar tanto pra se ter a forte impressão de que a primavera é a maior fonte de renovo que temos. É ela que nos mostra tão claramente as novas formas de vida que temos. As flores se abrem, a grama se enche de cor, as frutas se aventuram penduradas em seus galhos esperando o momento da queda e por isso, a primavera não é só um momento de nascimento, mas também de amadurecimento dos nossos frutos. 
   Tenho que dizer que é impossível negar que eu passo por essa primeavera nesse exato momento. Uma nova fase de mudanças se inicia e é a hora que eu tanto esperava. Essa nova fase, como todo bom começo, vem cheia de espectativas, medo, preocupações, um mundo de nova possibilidades, mas acima de tudo, uma leveza enorme.
   Não dá pra dizer que no meio de todo esse sentimento primaveril não há uma sombra de duvida, mas toda duvida vem acompanhada de resposta. A única diferença é que nem sempre estamos dispostos a ouví-las, mas isso é um outro assunto. Sim, eu tenho medo, tenho as minhas angustias, mas também tenho as minhas certezas e elas são tantas e tão reconfortantes que sinto no fundo o cantarolar da vitória.
   Talvez vocês ainda não tenham entendido do que eu estou falando, mas achei que a introdução fosse importante. Então lá vai, essas são as minhas novidades:
    Na última quinta-feira fui exonerada e isso teve lá o seu lado ruim... Lembram? Eu tenho um aluguel pra pagar e ficar sem emprego não e lá uma das coisas mais agradáveis que poderiam me acontecer. O que foi que eu fiz quando fiquei sabendo? Peguei a minha bolsa, saí do trabalho, sentei no meio fio (literalmente) e chorei. Em seguida fui encontrar com a minha mãe e chorar mais um pouquinho e depois fui encontrar com os amigos pra rir da minha própria desgraça. (essa parte foi boa). 
   Depois de tudo isso eu fui pra casa e comecei a tentar colocar as ideias no lugar e ver quais eram as minha alternativas... Cheguei a seguinte conclusão: Eu tinha todas as alternativas. Eu poderia fazer qualquer coisa! Nada me prendia. Tirei aquele fim de semana de folga, curti bastante e planejei começar a agir na segunda-feira.
   E não é que deu certo? Como já tinha algum tempo que eu queria fazer alguns cursos de barista no Rio de Janeiro e em São Paulo, fiz todas as pesquisas necessárias, dei alguns telefonemas e decidi que o melhor seria ir para o Rio já que toda a minha família mora lá e eu não precisaria me preocupar com estadia. Nesse momento qqualquer economia é valida. 
   Comprei uma passagem só de ida pra poder fazer todas os cursos que pudesse sem me preocupar com data de volta. E aqui estou eu... Na cidade maravilhosa, vim na terça-feira passada e um dos cursos começa na próxima segunda. Devo ficar por aqui durante duas semanas e sinceramente, se surgir algum emprego por aqui... Quem sabe eu finamente não viro carioca?
   A minha primavera está só começando e eu espero que ela não termine tão cedo.