quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

Sem titulo

O sorriso que morava na minha boca
Me virou as costas, deu de ombros
E hoje o que sobrevive no meu rosto
São olhos marejados
E o incômodo úmido das suas lágrimas.

Thamy Bruno

Rendas

Rendas

Aonde guardo a minha tristeza?
Nesse quarto escuro?
Ou na minha solidão enfeitada com rendas?
Choro lágrimas coloridas
Feitas pra manchar nos meus olhos
A alegria que restava neles.
O cabelo desfeito,
Um sapato jogado de lado,
A roupa espalhada no chão
São sinais das minhas falas guardadas,
Dos carinhos sem destino,
Do meu suspiro frustrado,
Da minha cabeça no travesseiro
E dos meus sonhos dormindo.
Meus sentimentos eu derramo
No lugar onde lhes resta.
Uma cama, uma fronha, um pedaço de papel,
Esse quarto escuro e a minha solidão rendada.

Thamy Bruno

Rascunhos

            Tem muito tempo que eu não passo por aqui e é claro que eu senti falta. Não apareci simplesmente por não saber como falar certas coisas de mim, mas conversando com um amigo que gosta de ler as minhas letras, titulos e versões da minha vida, pensei em procurar coisas já escritas de outros tempos e colocar nesse mundinho que eu criei pra me dividir com vocês. Então, aqui vai o primeiro:


Rascunhos


Ainda sinto a sua falta.
Você está bem gravado
Nesses rascunhos de mim.
A tua voz no meu ouvido fez morada
E o som da sua ausência são essas correntes
Que se arrastam por aqui.
Não sei ficar aguardando os teus sinais.
Me reviro em solidão
E esperança é só o apelido
Pra toda a minha ilusão
De te ter aqui na minhas mãos.


T.B.