sexta-feira, 6 de agosto de 2010

Tentando caminhar sozinha




Finalmente era hora de abrir os olhos e ver todo aquele novo caminho que havia em minha frente. Era tudo muito bom, mas nada era muito fácil. Pra começar tive que descobrir o que eu realmente queria e fazer uma busca bem detalhada pra achar onde seria a minha casa. Quando uma mulher decide morar sozinha tem que pensar em tudo o que pode acontecer, principalmente em matéria de segurança e nessas horas é necessário ser um pouco pessimista pra enxergar tudo com mais clareza.
Antes de realmente encontrar, me dei ao trabalho de visitar alguns apartamentos, mesmo sabendo que não iria alugar, seja pelo valor ou localização. Visitei alguns para ter uma noção de espaço e pra começar a ter uma idéia mais realista do que eu queria e do que eu poderia ter. Assim fui tendo noção exata de em que bairro eu iria procurar e coisas que eu precisava ter por perto, como ponto de ônibus, mercado, padaria e etc. Queria ter as minhas prioridades muito claras e é claro que não poderia deixar de definir bem quanto eu estaria disposta a pagar por um aluguel e quanto isso iria afetar o meu orçamento. 
Depois de mais ou menos duas semanas procurando todos os dias em sites, jornal, imobiliárias e indicação de amigos finalmente encontrei algo que parecia viável. É claro que não foi fácil assim, no meu primeiro contato com a imobiliária peguei a chave de uns quatro apartamentos no mesmo prédio, uns melhores, uns piores, mas todos moráveis. Me interessei por um deles e fiz o meu cadastro, mas no mesmo dia me ligaram avisando que já havia alguém interessado por aquele apartamento e que fechou contrato no mesmo dia, mas que me indicariam como prioridade para um outro apartamento que eles tinham se esquecido de me mostrar, a desvantagem era o fato de ser num subsolo, mas em contrapartida o aluguel seria mais barato. Bom, como não tinha nada a perder, topei a proposta, voltei na imobiliária, peguei a chave e ao sair eu não sabia que já estava indo pra casa.

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