sexta-feira, 18 de março de 2011



Últimas Noites.

    Às vezes eu chego em casa e sei que vou chorar. Não há como forçar mais um pouco o sorriso bobo que uso pra tentar disfarçar toda a tristeza que eu tenho em mim. Ainda não vejo um caminho tranquilo pra te esquecer, cada hora parece mais difícil do que antes. Não é só o fato de tudo me lembrar você, mas até quando eu não penso em você eu acabo me lembrando daquilo que acabei de esquecer... Apenas um mísero segundo de sossego e volto ao ponto de partida.

    Tudo em você me faz falta e não adianta o quanto eu procure, não existem abraços ou beijos, carinhos, sorrisos, gestos, respiração, cheiro, gostos, frases ou momentos melhores que os seus. É do que eu sinto em você, dos planos que poderíamos ter, das suas respostas e idéias malucas, das suas peculiaridades e das suas mãos que eu sinto falta.

    Quero te olhar com curiosidade, te beijar com ansiedade esperando por tudo o que pode acontecer depois. Quero todos os planos estapafurdios, as reações inesperadas, seu olhar carinhoso, seus braços tranquilos e seus ombros acolhedores. Quero me deitar no seu peito macio e olhar para o teto sem pensar no depois. Preciso beijar suas costas, morder sua nuca, respirar fundo, gemer por um segundo e te contar qualquer segredo absurdo pra te fazer querer tudo outra vez.

    Eu não gosto de estar sem você e já posso dizer que eu me sinto melhor assim. Só não quero chorar essa noite e ter que acordar sem saber se isso um dia vai ter fim. Presta alguma atenção no que eu digo e note que esse meu desejo macisso não pode morrer em vão.
 

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