domingo, 6 de março de 2011

Revendo a minha realidade.

         Eu estou pensando em tanta coisa ao mesmo tempo que eu mal consigo organizar as palavras que escrevo. Na verdade nem sei ao certo se deveria escrevê-las, mas essa é a minha maior válvula de escape e só eu sei o quanto eu preciso disso hoje. Eu já estava me acostumando a ter como companheira toda essa melancolia, essa tristeza da incerteza, essa dúvida que você insiste em empurrar pela minha garganta abaixo e que até então eu tinha jurado pra mim mesma que eu realmente não me importava com isso. Sabia no fundo, que chegaria o dia em que eu não conseguiria mais esconder as minha duvidas sobre até onde isso tudo vale a pena. A que custo eu tenho me deixado levar? E será isso o que sinto uma ilusão, uma visão distorcida que criei na minha cabeça por mera carência?

        Independente de qual seja a raiz desse mal, hoje percebo que ela deixou de existir somente na minha cabeça avoada e desceu direto pra esse meu coração ingênuo que tem sido esmagado constantemente por essas suas atitudes egoístas, desenfreadas e impulsivas. O fato é que eu não posso te culpar por nada disso já que não deixaria de ser um tremendo egoísmo meu querer que você gostasse só de mim e se você me pisoteia a culpa também é minha porque fui eu quem se fez de tapete jurando que nada doeria mais do que não te ter por perto. E adivinha? Tenho que admitir que no fim das contas você estava certo sobre tantas coisas. Afinal, sim, você é cruel quando quer. Sim, você me machucou. Também é verdade que não vale a pena me sujeitar às suas neuroses e sim, um dia eu ia me cansar disso tudo! Eu só não pensava que você conseguiria me provar isso tão cedo.

        No fim das contas quem se importa com essa dor que eu estou sentindo agora? A verdade é que no fundo eu sei que eu vou conseguir me levantar e andar de novo, mas eu realmente não queria que fosse assim. Eu queria mesmo te ter do meu lado e foi sincero tudo o que eu te falei quando estávamos sozinhos, mas às vezes a nossa força não está em persistir, mas em saber quando devemos parar. Acho que essa é a minha hora. Cansei de brincar com fogo, cansei de me por a prova, cansei de fingir que está tudo bem, cansei de achar que eu aguento e realmente cansei de estar sozinha.

        Não sei o que vou fazer agora. Não sei como ficar longe de você, mas eu tenho que arrumar um jeito de fazer isso. Nada do que estou sentindo ou do que escrevi quer dizer que sou indiferente a você ou que tudo o que eu dizia sentir não tenha existido, só não estou mais disposta a me machucar a toa. Essa é a hora certa de dizer sem remorsos, porque eu sei que tentei e tentei e tentei mais ainda preservar aquilo no que acreditava e lutar por tudo o que queria, mas não tenho escolha a não ser dizer: Eu desisto!

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